Seminário Hepatites Virais

Com o objetivo de ampliar o acesso da população à vacinação, diagnóstico precoce e tratamento das hepatites virais, a secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promoveu no dia 28 de outubro, em Uberlândia, seminários para mais de 200 profissionais de saúde dos 54 municípios do Triângulo Mineiro.
Araguari foi representada pelos seguintes profissionais da secretaria de Saúde: coordenadora da Vigilância em Saúde / Epidemiológica, Virgínia Nunes de Urzêdo; Referência Técnica do CAE/ IST´s, Simone Guirelli; Médica Infectologista, Dra. Alexandra Karine Dias; Enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Aliandra Nascimento Serra; Referência do Sistema SINAN Daniela Sudário e Coordenadora da Imunização Adriana Rossini.
Geraldo Scarabelli Vieira, referência técnica em Hepatites Virais da SES-MG, foi quem presidiu a palestra. Ele explicou que o seminário faz um apanhado das hepatites virais, “desde a notificação e dados epidemiológicos, até diagnóstico e aspectos do tratamento que se encontram no Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT), incentivando por exemplo, que os pacientes já sejam encaminhados ao SAE ou Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), com diagnóstico realizado e exames em mãos.
O seminário permitiu que os profissionais de saúde, enxergassem a completude das ações reforçando que é necessário armazenar e aplicar corretamente o teste rápido, preencher corretamente a ficha de notificação, a assistência estar integrada com a vigilância no monitoramento e tratamento, fazer a busca ativa e rastreamento dos contatos e criar estratégias para ampliar a cobertura vacinal.
Doença, testes rápidos e resultados reagentes
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Trata-se de uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes, são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Em Minas Gerais, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C, mas existem também os tipos D e E. O teste rápido é uma forma simples e acessível, através do SUS, de diagnosticar a doença. É feito por meio de punção digital, e o resultado fica pronto em cerca de 20 minutos. Hoje disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde do município.
Em 2022, as equipes municipais de saúde do Triângulo Mineiro testaram 30.515 pacientes para hepatite B, sendo que 36 exames deram reagentes. Os testes rápidos para detectar hepatite C foram aplicados em 28.104 pessoas, sendo 219 resultados positivos. Os dados do ano são parciais, até setembro, e estão sujeitos a revisão e alteração.
Vacinação e tratamento
A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença. A vacina da Hepatite B está disponível no SUS para toda a população independente da faixa etária, já a vacina da Hepatite A está disponível para crianças a partir de 15 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias. Depois de receber, da forma recomendada, todo o esquema vacinal, a pessoa fica imunizada pelo resto da vida.
A hepatite C tem cura em mais de 95% dos casos quando o tratamento, disponível pelo SUS, é seguido corretamente. A hepatite B também tem tratamento disponível e pode ser controlada, evitando a evolução para cirrose e câncer.
Os medicamentos para o tratamento da Hepatite B e C podem ser retirados nas unidades de referência regional.
 
Seminário Hepatites Virais
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