Secretaria de Saúde afirma que surto de febre amarela não chegou a Araguari

Com o aumento da incidência da Febre Amarela em Minas Gerais, surge o medo da população de contrair a doença. Em Araguari, a Secretaria Municipal de Saúde afirma que a comunidade local não precisa se alardear.

Segundo a Coordenadora de Epidemiologia da Secretaria de Saúde, Maria Lúcia Hirono, se houver incidência da doença na cidade, a Secretaria irá comunicar ações emergenciais. “A orientação que recebemos do Estado e pelos nossos indicadores é que a nossa rotina não seja alterada”, salientou.

Hirono explicou que o contágio da febre amarela silvestre ocorre em regiões específicas mas que, por ora, não alcança a região de Araguari. “Temos casos na Zona da Mata Mineira, aonde a situação está centralizada”, disse.

 

Vacina

 

A Febre Amarela tem maior número de casos entre dezembro e maio em regiões silvestres, rurais ou de mata. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é altamente eficaz e segura para o uso a partir dos nove meses de idade em situações de rotina, ou a partir de seis meses de idade, em casos de surto da doença.

 

Febre Amarela

 

A febre Amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos, tanto em áreas urbanas e silvestres. Nas áreas urbanas, essa transmissão se dá por meio do mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue, chikungunya e zika. Em áreas florestais, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes.

A transmissão acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a Febre Amarela ou não tomado a vacina contra a doença é picada por um mosquito infectado. No meio urbano, ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti. Além do homem, a infecção também pode acometer macacos, que podem desenvolver a febre amarela silvestre e ter quantidade suficiente de vírus para infectar mosquitos e assim, infectar o homem.

As primeiras manifestações da doença são febre alta, calafrios, cansaço, dores de cabeça e muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a doença.