E.E. Professor Antônio Marques recebe o “Papo Legal”

Alunos do Ensino Médio do turno matutino da E.E. Professor Antônio Marques recebem na semana de 17 a 20 de maio o “Papo Legal”, da Secretaria Municipal de Políticas Sobre Drogas.

 

Em uma atividade com duração média de 1h e 30 min. por turma, os alunos recebem informações qualificadas e desmitificadas sobre o uso e abuso de álcool e outras drogas.  Além da classificação das drogas, efeitos no SNC (Sistema Nervoso Central) e dados sobre o uso no Brasil, os jovens têm a oportunidade de esclarecer dúvidas num diálogo leve, no entanto, pontual e preciso.

 

A prevenção primária, utilizada nesse tipo de atividades, quer evitar ou retardar a experimentação do uso de drogas. Portanto, refere-se ao trabalho que é feito junto aos alunos que ainda não experimentaram, ou jovens que estão na idade em que costumeiramente se inicia o uso.

 

Existe uma tendência mundial que aponta para o uso cada vez mais precoce de substâncias psicoativas, confirmando que a adolescência é uma época de exposição e vulnerabilidade ao consumo de drogas, quando ocorre frequentemente sua experimentação. Na pré-adolescência e adolescência, a idade do início do uso de drogas e seu padrão de consumo são fatores importantes na prevalência elevada do consumo dessas substâncias.

 

As consequências decorrentes do uso de drogas por crianças e adolescentes têm alto impacto social com prejuízo não somente aos jovens, mas à sociedade como um todo, que passa a ter honorários com tratamento e reabilitação dos dependentes, além do risco de contágio por outras doenças por meio, por exemplo, de drogas injetáveis, como é o caso da AIDS.

 

Em estudo realizado com jovens em situação de risco não usuários de drogas ilícitas, observou-se que a disponibilidade de informações com compreensão sobre as consequências do uso de drogas, além da estrutura familiar protetora, eram fatores importantes para a negação às drogas. Portanto, as ações de prevenção ao uso de drogas são essenciais para conscientizar os jovens sobre os prejuízos sociais e as implicações negativas representadas pelo uso indevido e suas consequências.

 

Uma preocupação relatada pelos profissionais da Pasta de Políticas Sobre Drogas é a constatação de que os alunos de escolas centrais de Araguari são maiores defensores do uso recreativo da maconha do que os alunos de escolas periféricas. Isso se deve, em parte, ao fato dos alunos de escolas situadas em bairros de maior vulnerabilidade social conviverem mais de perto com dependentes químicos e até mesmo familiares usuários de SPA (Substâncias Psicoativas) e sofrerem também de perto com as consequências terríveis do uso de drogas. Esses alunos puderam comprovar em suas vivências que na maioria dos casos a dependência química se inicia com o uso recreativo da maconha, fazendo jus à máxima que diz que “a maconha é a porta de entrada de outras drogas”. Enquanto, acredita-se, que os alunos das escolas situadas na região central, por não conviverem diretamente com usuários e sofrerem direta ou indiretamente as consequências da drogadição, recebem da sociedade informações distorcidas que colocam a maconha como uma “droga boazinha” de efeitos relaxantes e medicinais.

 

Tendo em vista que a escola é um cenário privilegiado para realização de ações de prevenção e que a proposta de inclusão nos currículos de conteúdos relativos à prevenção do uso de drogas é, inclusive, uma das diretrizes da Política Nacional sobre Drogas, nada mais pertinente do que o tema ser tratado com clareza dentro das instituições de ensino, dando abertura aos jovens para sanarem suas dúvidas e obterem informações precisas, inclusive sobre a maconha”, concluiu a Coordenadora do Departamento de Prevenção da Secretaria Municipal de Políticas Sobre Drogas, Rosália Resende de Souza Santana.

 

 

 

 

 

 

FOTOS:            Secretaria Municipal de Políticas Sobre Drogas